Por: bahiananet.com.br
A Prefeitura de Santa Cruz Cabrália publicou no Diário Oficial do Município, nesta semana, a exoneração de quase 300 servidores contratados. A decisão, tomada às vésperas do fim do ano, gerou forte repercussão e trouxe apreensão para centenas de famílias que agora iniciam dezembro sem emprego e sem previsão de retorno ao quadro municipal.
De acordo com trabalhadores atingidos pela medida, não houve qualquer diálogo prévio, aviso ou tentativa de negociação por parte da gestão do prefeito Girlei . A exoneração coletiva surpreendeu servidores de diversas áreas, incluindo educação, saúde, serviços gerais e setores administrativos.
A reportagem apurou que a lista completa dos desligados foi divulgada de forma oficial, confirmando a amplitude da medida e acentuando o clima de insatisfação entre os trabalhadores.
Um dos servidores exonerados, que preferiu não ser identificado, classificou a atitude como desrespeitosa:
“Essa atitude escancara o total desprezo da administração pela dignidade das famílias cabralienses.”
Outro trabalhador, também afetado pela decisão, criticou a forma como a gestão conduziu o processo:
“Ninguém pode chamar isso de gestão responsável. É crueldade administrativa.”
As demissões em massa acontecem justamente no período em que as famílias mais precisam de estabilidade financeira para enfrentar despesas típicas de fim de ano, como festas, compromissos escolares e reajustes na economia doméstica. Para muitos, a perda do emprego representa, além do abalo emocional, um grave risco social.
Especialistas consultados pela reportagem do Bahia na Net avaliam que medidas dessa magnitude, quando adotadas sem planejamento público ou comunicação transparente, tendem a gerar impactos imediatos não apenas sobre os servidores, mas também sobre a economia local, que depende fortemente da circulação de renda promovida pelo funcionalismo.
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Santa Cruz Cabrália não havia se pronunciado oficialmente sobre os motivos da exoneração em massa nem apresentado um plano para minimizar os efeitos sociais da decisão.
Enquanto isso, mães, pais, jovens trabalhadores e provedores familiares vivem dias de incerteza e preocupação, aguardando explicações e buscando alternativas para garantir o sustento no fim do ano.
