JUSSARÍ: GESTÃO ANTONIO VALETE NA MIRA — INVESTIGAÇÃO ABRIRÁ CAIXA-PRETA DOS CONTRATOS DE OBRAS

 JUSSARÍ: ANTONIO VALETE LICITOU MAIS DE R$ 30 MILHÕES EM CONTRATOS, MAS RUAS COMO A GETÚLIO VARGAS CONTINUAM SEM CALÇAMENTO


Documentos do Portal da Transparência de Jussarí e do Diário Oficial confirmam que, durante a gestão do ex-prefeito Antônio Carlos Bandeira Valete, contratos milionários foram firmados com o Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (CIMA) para obras de pavimentação em paralelepípedo.




O contrato nº 008/2024, de R$ 2,6 milhões, previa a pavimentação nos bairros Caixa D’Água e Paparaíba, com prazo de execução de oito meses. Mas, até hoje, o que a população viu foram apenas meios-fios espalhados pelo caminho, sem nenhuma rua entregue.




Mais grave ainda: o Portal da Transparência revela que os valores licitados pela Prefeitura de Jussarí junto ao CIMA durante a gestão de Valete chegam a R$ 28 milhões e até R$ 35 milhões. Com tanto dinheiro licitado, a pergunta que ecoa nas ruas é: onde estão as obras?




GETÚLIO VARGAS: UMA RUA QUE NUNCA FOI CALÇADA


Entre os exemplos mais citados pela população está a Rua Getúlio Vargas, uma das principais do município. Apesar das promessas e dos contratos milionários, a via segue sem qualquer sinal de calçamento.


Moradores relatam que esperaram durante os oito anos da gestão de Valete pela obra, mas a rua continua na lama e na poeira, sem qualquer melhoria.


TUDO EM CASA: VALETE ERA PREFEITO E PRESIDENTE DO CIMA


Na época, Antônio Valete acumulava os cargos de prefeito de Jussarí e presidente do Consórcio CIMA. Isso significa que era ele quem autorizava o pagamento na Prefeitura e, ao mesmo tempo, autorizava o recebimento pelo consórcio.


Na prática, era tudo em casa: Valete assinava como gestor municipal e também como gestor do consórcio contratado. Essa dupla função levanta fortes suspeitas de conflito de interesse e explica por que valores tão altos foram licitados sem que a população visse resultados.


INSTITUTO CHOCOLATE, ANA KARINA E ERLON BOTELHO


Enquanto ruas como a Getúlio Vargas permaneciam abandonadas, a gestão de Valete mantinha contratos com o Instituto Chocolate, já investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.


No centro do escândalo está Ana Karina, esposa de Erlon Botelho:


Durante quatro anos, ela constou como servidora da Prefeitura de Jussarí, recebendo salário em torno de R$ 3 mil, mas nunca teria trabalhado — caso típico de funcionária fantasma.


Ao mesmo tempo, era diretora do Instituto Chocolate, que firmava contratos milionários com o município.


Já Erlon Botelho, apontado como o testa de ferro do Instituto Chocolate, desfrutava de mordomias e proximidade política com Valete, o que teria facilitado a entrada da entidade nos cofres da prefeitura.


INDIGNAÇÃO POPULAR


Para os moradores, a situação é clara:


Mais de R$ 30 milhões licitados com o CIMA;


Obras não entregues, como na Rua Getúlio Vargas;


Contratos suspeitos com o Instituto Chocolate, envolvendo funcionária fantasma e amigo íntimo do prefeito;


E um prefeito que assinava dos dois lados do balcão, comandando a Prefeitura e o Consórcio CIMA.


“Se quando era prefeito não fez, agora que é ex-prefeito é que não vai fazer mesmo”, ironizam populares.










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