Instituto Poturu e Instituto Chocolate: os crimes que poderiam ter sido evitados em Jussarí

 


Os cofres da Prefeitura de Jussarí estão sentindo o sabor amargo de um chocolate que deveria ser doce. O envolvimento de Erlon Botelho com institutos “sociais” e “ambientais” já vem de longa data e deixou um rastro de prejuízos e suspeitas de crimes contra o patrimônio público.


Em 2007, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) identificou graves irregularidades no Instituto Poturu, aplicou multas e determinou o ressarcimento de recursos, que nunca foram devolvidos. No mesmo ano, o Ministério Público da Bahia proibiu a continuidade das atividades do Poturu, declarando a entidade incapaz de operar de forma legal e transparente.


Do Instituto Poturu ao Instituto Chocolate


Com o fechamento do Poturu, Erlon Botelho reapareceu com uma nova entidade: o Instituto Chocolate, repetindo o mesmo modelo de fachada. Foi nesse momento que passou a utilizar a família da esposa na diretoria, para dar aparência de legitimidade:


A esposa assumiu como diretora geral;


A cunhada e duas tias da esposa apareceram em cargos de responsabilidade;


A sogra também foi registrada;


Até o sogro, já idoso e acamado, surgiu como sócio-diretor — provavelmente sem sequer ter ciência de sua inclusão no instituto.


Recursos milionários


O Instituto Chocolate, assim como o Poturu, conseguiu contratos milionários: mais de R$ 1,2 milhão em recursos públicos do governo federal e da Prefeitura de Jussarí, sem comprovação de execução dos projetos.


Os crimes poderiam ter sido evitados?


Sim. Os prejuízos poderiam ter sido evitados com mais rigor na fiscalização e nos controles internos:


O Instituto Chocolate foi contratado com documentação fraudulenta;


O ex-prefeito Antônio Valete facilitou os contratos, ignorando exigências legais;


O TCM e o Ministério Público só agiram depois que o dinheiro já havia sido liberado;


A ausência de conselhos municipais atuantes deixou a população sem instrumentos de cobrança.


Repercussão na imprensa


O caso se tornou um dos assuntos mais comentados na imprensa baiana, principalmente no sul da Bahia, e virou símbolo de como institutos de fachada aliados a políticos coniventes podem destruir a confiança da população e sugar recursos de um município pequeno.


A expectativa popular


Agora, a população de Jussarí cobra justiça: punição aos culpados e a devolução dos valores recebidos indevidamente. Só assim o município poderá começar a reparar os danos e virar a página desse capítulo vergonhoso da sua história.

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