Recentemente, no mês de abril, a Nasa e a ESA realizaram um exercício para estudar as opções para evitar o impacto de um asteroide com a Terra. Naquele momento, os cientistas das agências perceberam que seis meses era pouquíssimo tempo para impedir a colisão. O tempo mínimo necessário em uma situação como essa é de cinco anos.
E essa é a previsão mais otimista, do gerente do Centro para Estudo de Objetos Próximos da Terra, da Nasa, Paul Chodas. Já o astrônomo Richard Binzel, do MIT, acredita que é preciso pelo menos uma década de antecedência.
Por enquanto, não há motivo para pânico. Os cientistas ainda não identificaram nenhuma dessas rochas gigantescas e perigosas passando perto da Terra, o que reduz a chance de alguma acertar o alvo nos próximos dez anos. “Isso significa que, por enquanto, estamos contando com a sorte para nos manter a salvo de grandes impactos de asteroides. Mas sorte não é um plano”, disse Binzel, ao Business Insider.
A situação hipotética do exercício, que durou quatro dias, das agências espaciais simulou a chegada de um asteroide para que especialistas internacionais treinassem como responder ao problema. Com as tecnologias atuais, nada poderia ser feito para destruir o corpo celeste ou empurrá-lo do caminho até a Terra.
Durante a atividade, foi considerado um asteroide hipotético chamado 2021PDC, com tamanho “entre 34 e 800 metros” e detectado a 56,3 milhões de km de nós. A cada dia os cientistas avançavam algumas semanas no tempo e descobriam mais detalhes da ameaça, como seu tamanho e trajetória.O ideal é que os cientistas consigam estudar o asteroide perigoso enquanto ele passa pela Terra algumas vezes, na órbita ao redor do Sol, antes que o caminho o coloque diretamente em colisão com o planeta. Essa observação pode levar alguns anos ou até décadas.
Existem três meios de defender a Terra da ameaça. O primeiro é detonar um explosivo perto do asteroide para quebrá-lo em pedaços menores e menos perigosos. A segunda maneira é disparar lasers que podem aquecer e vaporizar a corpo celeste para que ele mude de caminho em órbita. O último modo é enviar uma espaçonave para bater no asteroide e empurrá-lo de sua trajetória.
E todas as três precisam de anos para serem executadas. E, acima de tudo, é necessário ter tempo para iniciar qualquer uma delas. “Acho que o melhor investimento é em conhecimento. O melhor investimento é saber o que está lá fora”, completou Binzel.
A Nasa já trabalha nisso. A Agência Espacial Dos Estados Unidos está desenvolvendo um telescópio para monitorar asteroides muito escuros para serem avistados pelos telescópios em Terra. A missão deve lançar m telescópio infravermelho na órbita da Terra em 2026.
Via: Business Insider